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Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era vocêAlém das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
(Sivuca e Chico Buarque)
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era vocêAlém das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
(Sivuca e Chico Buarque)
Um comentário:
Vem meu menino travesso
Vem pra fora de mim...
Vira-me do avesso e liberta-te por fim.
Embora o meu peito seja o lugar mais bonito pra te guardar,
Não tem mais jeito,
Ele cansou-se dos gritos que ninguém ouviu
Das lágrimas do começo que ninguém viu
E a qualquer hora, sem demora,Vai rebentar.
Vem...vem com essa tua maneira
Buliçosa de quem goza com a brincadeira
Que cômodos estão vazios de esperanças
E cheios de silêncios emudecidos
A tua espera, Como o filho sozinho que antevê a cegonha.
Ah quem dera rissem a tua risada escandalosa
Com esse modo sem censura e sem vergonha de criança
Para encher de graça a mesmice grisalha
Que escangalha O sonhar desesperançado que devia ter ido,
mas embora triste, insiste em ficar.
Muito além dos limites parcos do espelho
Além do tatear trevas, com os dedos,
Nos medos enganados,
Nos cabelos descuidados,
E calado esperar o mundo girar e se acertar num momento.
Vem...
ouve o meu chamamento,
Pois por certo, já demorou bastante,
A fusão do homem e do menino,
porém...Sinto-te bem mais perto agora...
vem...E traz a fieira pra rodar o pião na marra
Não vamos aguardar o final do barbante,
Para gozarmos o que temos preservado.
Vem...e desocupa de culpa o meu coração
Por tê-lo esquecido entre os guardados
Vem...que eu preciso tanto...tanto...
Do teu canto fora de mim.
Agora sim...vem...Vem...
vamos cair na farra.
Vamos cantar em dueto bem alto
Calar de sobressalto todas as lengalengas e ladainhas
Por não serem tuas nem minhas,
E vamos prosas e de braços dados,
Empinar a pipa colorida além das nuvens
E dar graças à vida
Pelo pote de ouro no fim do arco-íris,
Que ela nos deu.
Vem...dá-me as tuas mãos juntas,
Em mancheia dos nossos sentires,
Vamos aspirar em cada rosa do jardim
O perfume de outros sonhos que virão,
Agora que sou ainda mais teu
E tu mais meu que nunca.
(Antonio Miranda Fernandes)
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