domingo, 4 de novembro de 2007

O menino e o barco

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O menino e o barco

Quebrando o mar do tranqüilo do planeta sonho
de tantos me livrei,
mais sempre penetram
nas profundezas,
quebrando-se em ondas
onde mergulha a proa,
suspendendo a popa como balé.
Assim o barco sacode, mas navega...
Vai deslizando e afastando
E a visão entorpecida pelas minúsculas
Gotas, misturam-se às brisas
e caem
Como chuva que lava o que ficou
Então, o tempo dissolve o sonho que restou

Um dia, quando a imagem estiver seca
Talvez eu esqueça que um dia
Nada aconteceu com aquele guri.
Hoje ele espia lá no parapeito do cais
lhando as estrelas a recordar
Que um dia tudo aconteceu
A lembrança do barco que se foi

Para nunca mais voltar!

(James Assaf)

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